Com seus mais de 155 anos de existência, o Hospital Irmandade de São João Batista de Macaé, ocupa um quarteirão da Praça Veríssimo de Melo e tem um passado de profundas raízes na história do Município.

Surgiu do espírito altruístico do bom lusitano Antônio Joaquim D’Andrade que, emigrado para a colônia, ainda jovem veio parar na Vila de São João Batista de Macaé, onde acabou residindo até o final de seus dias. Aqui, ao explorar pequeno negócio de cuscuz, recebeu o apelido de Casculeiro; passou a chamar-se Antônio Joaquim D’Andrade Casculeiro sem degradação da imagem do honrado português. No dia 08 de novembro de 1862, como permanecera solteiro, fez lavrar em cartório seu testamento, deixando dois contos de réis que, depositados no Banco do Brasil, fossem destinados ao início da construção de uma Casa de Caridade, na qual seriam socorridos os necessitados. Cinco anos mais tarde, no dia 02 de dezembro de 1867, foi lançada a pedra fundamental desta obra. A Irmandade de São João Batista de Macaé, idealizado para administrar o Hospital Casa de Caridade nasceu no dia 22 de maio de 1872, em solenidade presidida pelo Juiz Municipal, Dr. Carlos de Souza Silveira, nomeado para Macaé a pedido do Duque de Caxias, conforme relata em carta este prestigiado militar, ao seu genro aqui residente. Foi eleito o Dr. João Álvares de Siqueira Bueno (Dr. Bueno), primeiro Provedor da Irmandade. Com o passar dos anos… O Hospital começou a funcionar e cresceu.  A partir de 1º de agosto de 1954, passou a contar com o apoio das religiosas pertencentes a Associação das Filhas de Maria do Horto, chegando a Macaé as primeiras irmãs: Maria Leocádia, Maria do Carmo e Maria Inocência. Hoje, com mais de 125 leitos, 500 funcionários e um corpo clínico especializado, o nosso Hospital tem sido pioneiro dos grandes eventos médicos da região. Conta com modernas instalações em seus Centros de Tratamento Intensivo (CTI) e cirúrgico, equipados com tecnologia de ponta. Atualmente são realizadas mais de 500 cirurgias mensais. A propósito do funcionamento do Hospital, relatou o escritor macaense Antônio Alvarez Parada: “Se da grandeza do bom lusitano surgiu a Casa de Caridade, nessa mesma bondade ela tem se mantido até hoje, com o auxílio de seus dirigentes, de seu dedicado corpo de médicos e da eficiência das freiras que lhes prestam serviços… O Velho Hospital, por todos esses anos, tem prestado serviços que a pena humana não poderá descrever.”